domingo, 9 de agosto de 2009

Parábolas de misericórdia

A Parábola da ovelha perdida

Lc 15, 1-7

É bastante notória, a predileção de Jesus pelos pecadores, mas isto se deve principalmente pelo fato de que eles não são capazes de buscar sozinhos, a sua salvação. E os fariseus indagavam a Jesus por se sentar à mesa com pecadores, pois isto era se tornar impuro.

Para os fariseus, Jesus era um fora da lei, pois embora fosse muito observante à lei, não interpretava a lei como eles. Então Jesus conta 3 parábolas dos perdidos: a ovelha, a moeda e o filho para dar a conhecer o Pai.

O pastor deixa no deserto as 99 ovelhas e vai buscar 1 que se perdeu. Um deserto é um lugar normalmente inóspito, pois de dia faz um calor de quase 50° em contrapartida à noite é bastante comum a temperatura chegar bem próximo de 0°. Por em risco 99% do rebanho para salvar 1%, só Deus para ter conosco tanta misericórdia. E que alegria ele tem ao encontrá-la!

Entre nós há muito deste comportamento farisaico usando esse sistema de puro/impuro. As pessoas pensam que Deus age em nossa vida porque somos bons e merecemos. Mas Deus age sempre com sua bondade misericordiosa e não como um pagador de bons esforços.

De fato, Deus sabe perdoar e buscar os perdidos. O Pastor da parábola é a imagem de Deus, que quando encontra uma ovelha desgarrada arrependida, sente compaixão e as restaura física e espiritualmente.

Jesus ensina que devemos ir a busca dos pecadores, dos abandonados... Inclusive Jesus poderia ter mandado apedrejar Maria Madalena, apontar para os leprosos, os cegos de nascença, tal como a sociedade da época. Mas Jesus insiste em dizer que Ele é o bom pastor e dá a vida por suas ovelhas. E Jesus ainda deixou os sacramentos para fortalecer estas mesmas ovelhas.

Na dá pra ficar tranqüilo, sabendo que existem ovelhas perdidas no deserto da vida: machucadas, enganadas, sugadas, usadas, iludidas. Temos visto seitas crescerem, pessoas indiferentes com o corpo e sangue de Cristo; Pessoas nascerem e morrerem sem conhecer a Deus; E nós achamos que isto não tem nada haver conosco.

Lembrem-se sempre: lancem as sementes em todos os "terrenos" que encontrar e deixe o reino dos céus germinar no coração de quem vos ouvir.

A parábola da moeda perdida

Lc 15, 8-10

O dote do casamento de uma mulher hebréia da época consistia em moedas que ela guardava cuidadosamente para transmitir as filhas. A perda de uma dessas moedas era considerada uma calamidade e sua recuperação era motivo de grande alegria, motivo até de festa. As mulheres colocavam essas moedas em faixas para que todos pudessem as ver.

A moeda é um objeto de metal, sem sentimento, sem noção das coisas. Uma moeda, ao contrário de uma ovelha, não sabe que está perdida. Desta forma a moeda perdida simboliza as pessoas que estão perdidas e insistem em dizer que está tudo bem. Não tem a mínima consciência de sua situação. Às vezes carrega um vazio que dói, tentam preencher com tudo: riqueza, poder, prazer, viagens, mulheres... Pensam que o que dá sentido à vida, é o brilho que elas têm, concentram-se em seus talentos e suas capacidades.

Cristo ensina que mesmo as pessoas que são indiferentes à palavra, são deixadas de serem amadas pelo Pai, que procura a todo custo salvá-los. Quando Jesus diz: "acender a lâmpada", define bem o dever dos cristãos para com os que precisam de auxílio ao distanciamento de Deus. Os "errantes" não devem ser deixados no erro, mas cumpre-se empregar todos os meios possíveis para trazê-lo para a luz. Acende-se a vela e examina-se a palavra para elucidar qualquer dúvida.

Outro ponto importante é que a moeda foi perdida em casa, no entanto outras moedas perdidas podem estar longe e ser de difícil acesso e temos que ir procurá-las, mas quantas "moedas" estão realmente dentro de nossa casa, na nossa família, amigos, pode ser sua esposa ou até mesmo seus filhos...

O que temos feito para encontrar as moedas perdidas pelo mundo. A mulher acende a lamparina, varre a casa, remove tudo que possa impedir... E nós? Temos feito o suficiente? Temos acendido pelo menos um fósforo para iluminar as pessoas? A moeda perdida ainda é de prata e da mesma forma a pessoa perdida também é filha de Deus é preciosa demais para que continue perdida.

E finalizando a reflexão, a palavra misericórdia (Miser + Cordia – Miséria + Coração) é sentir com o coração a miséria do outro. Deus é maravilhoso pois mesmo sendo Deus, Ele tem misericórdia para conosco e temos que aprender com ele a sermos da mesma forma com nossos irmãos. E ter misericórdia vai além de querer o bem, na verdade ela nos impulsiona a fazer o bem. E Deus nos convoca hoje a ter a misericórdia com nossos irmãos, principalmente os pecadores, os marginalizados, os excluídos e os pobres. "Sede misericordiosos como o Pai também é misericordioso".

domingo, 12 de julho de 2009

As Parábolas do grão e da mostarda

A Parábola do grão

Mc 4, 26-29

A semente era um símbolo bastante usado por Jesus em suas parábolas, e ele usa novamente para explicar como o Reino de Deus cresce em nós. Como quando vamos a missa e não damos a mínima importância a mensagem do evangelho. Mas estamos ali, e o Espírito Santo está regando a semente da palavra em nós, e nós vamos mudando, sentindo a necessidade de Deus e por isso voltamos outras vezes e cada vez mais acontece a mudança em nós (na família, no trabalho, com os amigos) e isso é notado pelas pessoas. Simplificando, o Reino de Deus vai crescendo em nós, amadurece e começa a dar frutos.

Essa parábola me faz pensar na minha caminhada como Cristão: Meus pais eram católicos do tio IBGE, dizem que são quando perguntam, mas nunca participam de nada na Igreja. Graças a Deus fui batizado na Igreja Católica, mas meus "Padrinhos" que deviam zelar pela minha conversão e minha vida Cristã estavam alheios. E por causa da passividade deles juntamente com a dos meus pais, quando criança eu comecei a freqüentar uma congregação protestante e participava de tudo o que ofereciam. Eu adorava a Escola bíblica dominical, onde a gente estudava a bíblia e eu ouvia um monte de histórias legais sobre aquele Deus que está no céu e isso foi um lado bom, pois aprendi muito sobre bíblia nessa época. Mas percebia que as pessoas não se preocupavam muito em adorar a Deus, mas se preocupavam demais com as vestes, que tinham que ser impecáveis, entre muitas outras coisas. A partir daí fiquei vagando pelo mundo sem religião, sendo mais um católico de IBGE (o famoso católico não-praticante) até que conheci minha esposa, que era verdadeiramente uma católica. Ela me levava ás missas todos os domingos e eu ficava lá sentado ouvindo a "ladainha" do padre reclamando comigo mesmo que todo domingo era sempre igual. Aquele templo cheio de santos por toda a Igreja, e o pessoal abaixando a cabeça e orando para os santos me incomodava, Quando o padre falava sobre Maria então era uma guerra contra ele no meu íntimo: – Você fica com sua Maria eu fico com meu Jesus, pensava... Ou ainda, pra que venerar Maria, se nós temos o exemplo maior que é Jesus nosso único e eterno salvador... (reflexos de uma infância na Igreja protestante). Até que com o passar do tempo, passei a escutar o que o padre dizia e fui percebendo que a missa não era sempre igual, até poderiam ser parecidas, mas nunca era igual, mesmo quando era igualzinha todo ano, como Natal, Páscoa entra tantas outras festas e dias santos. De tanto dar ouvido as homilias do padre, acabei por entender algumas coisas sobre catolicismo, e com isso me apaixonei pela missa e senti a necessidade de comungar, pois parecia que faltava alguma coisa. Parti em busca de uma preparação para a primeira comunhão em minha então paróquia (São João Batista em Itaboraí – RJ), mas lá não havia como entrar, pois já havia começado faz tempo, e foi à mesma estória em todas as paróquias mais próximas da minha até que encontrei uma na qual ainda poderia entrar que era a de N. Sra. de Fátima que ficava em Manilha, bairro da minha cidade que fica um pouco distante, mas perfeitamente possível de chegar... (Aliás, esta caminhada não foi muito simples e a padroeira dessa paróquia tem uma importância extremamente grande em minha vida, mas essa história eu deixo para outro momento...) e graças a Deus recebi os sacramentos da 1ª eucaristia e Crisma e fui convidado para ajudar nas aulas das próximas turmas, tarefa que desempenho até hoje, com muito orgulho e dedicação. Pude perceber que o grão do reino de Deus cresceu, amadureceu e está dando frutos. (Bem verdade que poderia estar frutificando muito mais, mas um dia a gente chega lá!).

Na Parábola vemos também Jesus nos alertando que a hora da mudança é agora, pois a época da colheita poderá chegar a qualquer momento. A parábola, que embora pareça ser simples ou até mesmo insignificante, ela contém uma fonte de vida espiritual que determina uma mudança radical na vida de quem a acolhe.

A Parábola do grão de mostarda

Mt 13, 31s

O grão de mostarda é um cisco enquanto semente, que quando germina se torna uma arvora que pode crescer até 5 metros de altura. Nesta metáfora usada por Jesus, podemos notar claramente hoje sua relação com o crescimento e sua Igreja. Pequenina no começo... (Quem imaginaria que 12 "promissores" discípulos de Jesus viraria o mundo de cabeça pra baixo, como é possível comprovar lendo os Atos dos Apóstolos.

Esse jovem homem, filho de carpinteiro, chamou 12 homens para fundar seu reino da terra e este mesmo grupo passou a se perguntar: Estamos no caminho certo? Então Jesus lhes apresenta esta parábola para mostra que seu Reino pode parecer pequeno e frágil no início, mas crescerá de modo que até as aves do céu farão seus ninhos nela. O Reino de Deus é sempre comparado às coisas pequenas, aposto da mentalidade humana que só pensa e quer ser grande.

Morte é vida no Reino de Deus, e quem quer quiser entrar lá terá que andar na contramão da vida, ou melhor, contrário a filosofia dos homens. Os homens para vencer matam, Cristo morre. Os homens pisam e humilham, já Cristo, renuncia a si mesmo.

De fato, para seguir a Cristo e estar no Reino de Deus é necessário estar disposto a ser enterrado como o grão de mostarda para renascer para uma nova vida. Você quer participar do Reino de Deus? Então não tenha medo de rirem de você, fizerem pouco caso ou te ridicularizarem; quando te humilharem, ou quando você até mesmo perder o emprego por causa de sua fé; Quando tiver de ser honesto em meio ao mundo corrupto à nossa volta. Lembre-se que o Reino de Deus anda na contramão da vida.

Outra coisa a aprender é a certeza do reino, pois quando o grão de mostarda é enterrado, passa-se 1 ou 2 dias e nada acontece. Se você abrir a terra verá a semente apodrecida parecendo que nada brotará dali. Mas é preciso que isso aconteça para que ela possa brotar. De onde parece que não há vida, brota uma nova planta para produzir muito fruto.

Quando Jesus foi crucificado, o demônio deve ter gargalhado achando que tinha vencido, mas passado 2 dias, no terceiro dia Ele ressuscitou para estabelecer o Reino de Deus. Tenha certeza que da mesma forma podem humilhá-lo na 6ª feita, no sábado, mas no domingo sua esperança ressuscitará. Quando pensar que a semente apodreceu, eis que surgirá uma vida nova.

Se você quer resgatar um irmão, não desista! Lembre-se dos solos na parábola do semeador. As palavras de Deus lançadas por você podem não produzir muito fruto no início, mas o Espírito Santo irá regar as sementes plantadas e algum dia sua conversão acontecerá, e quem sabe esse alguém não é você mesmo?

Finalizo com três perguntas para nossa reflexão:

  • Estamos prontos para seguir Jesus?
  • Estou deixando o Espírito Santo regar as sementes plantadas em mim?
  • Como estou levando a minha cruz?


quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Parábola do semeador


Mc 7, 41-9.13-20 (Mt, 13 1-9 ; Lc 8, 4-8)

Jesus chama todos os homens para o reino dos céus. Inicialmente o povo eleito era o povo de Israel, mas eles o rejeitaram e graças a isso, hoje podemos ser chamados também de: o povo de Deus. Mas para poder entrar, é preciso acolher a palavra de Deus.

O Reino dos céus pertence aos pobres e pequeninos, ou melhor, quem o acolhe com o coração humilde. E Jesus convida o povo a entrar no Reino de Deus por meio de parábolas. Mas por que será? Em Mt 13, 13-16 Jesus diz:

"Eis por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam nem compreendam. Assim se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: Ouvireis com vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis, porque o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Is 6,9s)."

Através das parábolas Jesus convida todos a participarem do Reino, mas isso exige uma opção radical e apenas palavras não bastam, é preciso agir. E as palavras de Jesus nos instigam a mudar. Para os que estão com Jesus , tudo lhes é mostrado enquanto que para os outros tudo é enigmático. (Mt 13, 18-23).

Isto nos leva a pensar... Que tipo de terreno nós somos?

  • O 1º que ouve a palavra e não entende?

    O que ouve a homilia durante a missa e não consegue perceber a voz de Deus falando com ele. Pois sequer dá ouvido e tenta entender tudo que está acontecendo;

  • O solo pedregoso, que não tem raízes?

    Animados pelo padre que é bem legal, por causa de um encontro, tarde ou retiro começa a seguir muito entusiasmado, mas um entusiasmo efêmero que na primeira dificuldade se desanima (tá chovendo..., Tá quente.... To cansado...)

  • O solo cheio de espinhos, que foi sufocado?

    Tem catecumenato de manhã, mas meu padrinho chegou de viagem e não posso ir. Tenho que trabalhar hoje e não posso ir, etc.

  • Ou o último solo que produz muito fruto?

    Você procura ajudar seu irmão, quer vê-lo participar de tudo na Igreja, coloca seus dons a serviço do Reino, etc. Segue os mandamentos?

E como anda o solo das pessoas que nos rodeiam? Aliás! O que está acontecendo como mundo hoje? A pregação do evangelho avança, mas a palavra de Deus não penetra nos corações das pessoas. O que será que está acontecendo? Será que a palavra de Deus perdeu força? Será que não há mais espaço para Deus nos tempos modernos? Por causa deste tipo de pergunta, até mesmo João Batista enviou discípulos para confirmar se ele era realmente o Cristo. Todo o anuncio feito por João Batista sobre o Reino de Deus e a vinda do Messias (E ele foi preso por isso), e o que mais se parecia com o enviado de Deus estava ensinando... Onde está o poder, Onde está o Reino, e a glória por onde anda?

De fato, o Reino dos céus é completamente diferente dos reinos da terra, e seu crescimento (por obra e graça de Deus) acontece a seu tempo, de maneira gradual e alguns judeus não aceitaram isso e resolveram e resolveram estabelecer o Reino pela força (Queriam o Messias vingador, que derrotaria o Império Romano). Esta mentalidade ainda existe, mas disfarçada, onde a pessoa não quer esperar pela felicidade plena após a morte quer buscar a felicidade aqui e agora (É o que prega a Teologia da prosperidade) ou ainda oferece ajuda na Igreja esperando a graça de Deus (Teologia da retribuição).

A verdade é que nem todos Jesus pretende levar para seu reino, pois muito serão chamados, mas poucos os escolhidos. Tudo dependerá do solo onde a semente for plantada:

A beira da Estrada

Um coração duro, curiosidade para experimentar tendências novas no comportamento, na moda ou até mesmo na sexualidade. Ficar "assistindo" a missa procurando defeito no padre ou nos seus auxiliares. Ser presunçoso e achar que sabe tudo. Ou ainda querer tudo para o agora e não confiar na divina providência. Devemos confiá-los à misericórdia de Deus, pois somente será capaz de fazer florescer algo bom

Coração raso

Entusiasmados, emocionalmente excitáveis, impulsivos, deixam-se levar pelo momento. Mas Deus não quer um amor de momento, Ele quer o amor de filho que você é. Devemos ensiná-lo embora estar com cristo possa trazer alegrias, podemos passar por momentos difíceis, Precisamos estar comprometidos com Cristo.

Coração com espinhos

O filho do Reino não deve somente parecer bom, mas ser efetivamente bom e fazer o bem. A preocupação demasiada com o trabalho, com o dinheiro, o alimento, abrigo, entre muitas outras coisas, tiram a atenção do cristão. A prosperidade promete realização, mas efetivamente não dão. Isto não significa que não devemos buscar coisas melhores ou uma situação melhor para nossa vida. Mas Deus ensina que devemos buscar primeiro as coisas do alto e todas as "outras" coisas nos serão acrescentadas. Se alguma coisa tira minha atenção de Deus está coisa deve ser tirada imediatamente de minha vida.

Terra boa

Fecho o assunto, dizendo que estas pessoas estão no caminho certo para o céu, pois ouvem a palavra e a põe em prática, seja evangelizando pela palavra, ou pelo exemplo, ou por qualquer meio. Não devemos desanimar se a palavra não surtir o efeito desejado. Mesmo que exista o melhor semeador e a melhor semente, se não houver uma terra boa para acolher a semente ela nunca poderá produzir frutos.

Aproveitando a reflexão responda as perguntas:

  • O que está parábola me fez aprender sobre mim mesmo?
  • Que tipo de solo eu fui e qual eu sou agora?
  • O que vou fazer de agora em diante?

Guarde essas respostas em seu coração e peça pra Jesus agir junto a tié tenha certeza que o Reino de Deus irá resplandecer em seu ser e você se tornará um verdadeiro discípulo e filho do Reino.

sábado, 20 de junho de 2009

Milagres sobre a vida

Ressurreição do filho da viúva em Naim

Lc 7, 11-17

Em todas as passagens narradas na bíblia sobre a vida de Jesus é possível tirar uma verdadeira catequese. Cada atitude, cada gesto, cada palavra é um ensinamento profundo de como se deve viver um cristão de ontem, hoje e sempre.

Este fato ocorreu logo após o sermão da montanha e a cura do servo do centurião. Esta sequência de fatos mostra o que Jesus quer que nós sejamos: Ele quer que sejamos evangelizadores, verdadeiros missionários. Pois, Ele não se cansava de pregar e ensinar o caminho para o céu.

Desta forma, o católico deve descruzar os braços e sacudir a poeira do comodismo e trabalhar pelo bem de sua alma e principalmente pelas almas dos outros (Nada mais frio que um cristão que não se preocupa com a salvação do seu irmão).

No cortejo, Cristo compadeceu-se da mulher, viúva, que perdeu seu único filho. Com certeza esta mulher estava muito triste, porém conformada. Podemos ver ainda a bondade do nosso Deus que mesmo que ninguém houvesse pedido, vai ao encontro da senhora e diz: Não chores! Consolando a viúva.

Se andas angustiado e triste, sobre com sua família, seu casamento, seu trabalho, ou a falta dele, doença, não se desespere e não pense em cometer loucuras. Deixe Jesus se aproximar de você, deixe-o enxugar as tuas lágrimas e te consolar.

Mas Jesus, que é Deus, é perfeito e não apenas consola a viúva, mas age de maneira impressionante ressuscitando seu filho.

Podemos fica com este fato extraordinário na cabeça e deixa passar o real ensinamento de Jesus para nós: o jovem morto representa a nós quando pecamos, porque morremos espiritualmente e humanamente falando a morte não tem solução, ou melhor, dizendo tem uma solução, que é Jesus. Vencedor da Morte, Ele é o único capaz de nos fazer voltar à vida. Pois Ele tem autoridade sobre todas as coisas se nos deixou meios visíveis de obter o perdão de nossos pecados.

Imagine a alegria da mãe ao ver seu filho vivo novamente... Assim é a Igreja Católica Apostólica Romana se alegra pelos seus filhos pecadores que voltam à vida da graça. E seguindo nosso raciocínio, se o morto é o pecador, e a viúva é a Igreja, Jesus é aquele que ressuscita o morto e o traz de volta à vida. Pois a Igreja se alegra muito mais pela ressurreição de um filho pelo sacramento da penitência do que com seu nascimento pelas águas do Batismo.

E assim como a multidão que o seguia, devemos difundir as verdades de fé, o evangelho de Jesus Cristo a toda e qualquer pessoa, sem vergonha. Medo ou timidez. Ame a Jesus como todo seu coração e faça exatamente o que Ele nos pediu: "Ide e evangelizai a todos os povos..." Mc 16, 15

Cura de um cego de nascença


Jo 9, 1-7

Esta festa que o texto bíblico cita é a festa das tendas, celebração judaica realizada no outono em memória da peregrinação de Israel no Egito sob tendas. E esta celebração tinha a característica de ser muito iluminada: fogueiras, tochas, luminárias... e simbolicamente liga o acontecimento a Jesus: "Eu sou a Luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas." (João 8, 12) e anuncia o episódio da cura do cego de nascença.

Os discípulos perguntavam quem é que havia pecado: ele próprio ou seus pais, pois era comum acreditar que as enfermidades vinham como punição do pecado. Naquela época se acreditava na Teologia da retribuição: se ele pecou, Deus retribui os pecados e maldades enviando dor e sofrimento ou ainda a Teologia da maldição: Deus castiga os pecados dos pais nos filhos. Isto por que em Êxodo 20, 5-6:

"...Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos."

Claro que o que os pais fazem, repercute nos filhos sim: a educação, relacionamento familiar, demonstração ou não de afeto ou carinho... O fato é que os discípulos queriam uma explicação pois acreditava-se que as doenças era um castigo divino pelo pecado da pessoa e eles queriam saber se eram realmente puros. Mas Nosso Senhor Jesus Cristo os repreende dizendo que era bem assim. O fato de aquele ser homem ser cego, como o próprio Jesus define, é para que se manifeste a graça de Deus. – E Quantas pessoas chamadas "deficientes" possuem mais vontade de viver e procuram desfrutar dos dons que Deus lhe concedeu de maneira muito mais ampla do que as pessoas ditas "normais". – Mas tirando o fato de Jesus tê-lo curado e até mesmo a maneira inusitada de realizar a cura (fazer lama com saliva mandar lavar em Siloé), aquele cego é como um verdadeiro catecúmeno que está buscando a Cristo. Pois quando perguntaram quem o tinha curado a primeira resposta do cego foi "Aquele homem chamado Jesus...." (Jo 9,11); Na segunda resposta quando lhe perguntaram a mesma coisa ele já disse que era um profeta(Jo 9,17); E num terceiro momento em Jesus se apresenta como o messias que devia vir ele se prostrou e adorou(Jo 9, 35-39).

Esta sequencia mostra nossa caminhada para Cristo. Primeiramente não o conhecemos até o ponto que nos reconhecemos pecadores e enxergamos em Jesus o Nosso Senhor e único salvador e este é o primeiro passo para nossa salvação. Crer em Jesus é estar curado da cegueira espiritual. A fé abre os olhos da alma e nos permite enxergar as maravilhas que Deus realiza todos os dias.

É possível ainda perceber uma atitude de abertura do cego em receber a graça de Jesus enquanto opostamente os fariseus, fechados, não puderam enxergar a graça de Deus mesmo estando diante de seus olhos. Que o nosso bom Deus nos ajude a não estar desta mesma forma, cegos e fechados à sua palavra e os seus ensinamentos.

sábado, 13 de junho de 2009

Milagres sobre a natureza

Jesus acalma a tempestade

Mt 8, 22-36

A verdade é que todos nós passamos por grandes tempestades. Mesmo caminhando com Jesus isso pode acontecer conosco. Mas nos momentos mais difíceis temos que fazer como os apóstolos naquela barca, que clamaram a Jesus e Ele não os desamparou.

Entretanto temos que tomar muito cuidado para a tempestade dentro de nós não seja maior que a exterior. Isto por que às vezes o problema não é a circunstância que nos cerca, mas sim o sentimento que nutrimos na alma.

Mas vamos analisar a atitude Jesus. O que ele fez? Primeiramente repreende os apóstolos simplesmente ordenou ao mar eu cessasse com o barulho. A natureza é criação de Deus e toda ela obedece ao seu comando.

Os apóstolos disseram: "Quem é este homem a quem até o vento e o mar obedecem". Mas é isso que acontece com que está vivendo com Jesus, ao conhecê-lo mais e mais, Ele sempre dá um jeitinho de nos surpreender positivamente e vamos descobrindo o quão maravilhoso nosso Deus é... Mas será que Deus está na barca da sua vida?

De fato, os discípulos não conheciam o poder de Jesus, e foi preciso quase se afogarem para perceberem que Jesus é o Senhor de todas as coisas.

E quais são as tempestades de hoje, quais as tempestades de sua vida? Estamos sempre com medo que uma tormenta passe forte pela nossa vida e nos esquecemos que Nosso Senhor Jesus Cristo tem o poder para nos livrar do mal, mas para que isso aconteça, precisamos confiar plenamente em seu poder e estar com Ele. Desta forma, clamemos a Ele a todo instante: Quando sairmos de casa, ao nos encontrarmos em perigo, quando sentimos medo. Tudo entreguemos em suas mãos que ele nos dará a vitória.

Jesus anda sobre as águas

Mc 6,45-51

Esta ocasião foi logo após a primeira multiplicação dos pães. E atente ao detalhe que o que Jesus fez a ter seu pedido atendido pelo Pai? Ele retirou-se ao monte para orar. E tenho certeza que não foi uma oraçãozinha qualquer não, a conversa com Deus estava tão boa que a barca dos discípulos já ia ao meio do lago e então Jesus ao ver os apóstolos em dificuldade, foi até eles. Mas fez isso andando sobre as águas. Isto mostra que para Deus não hora nem lugar para socorrer os seus.

Pensaram que era um fantasma e gritaram, mas Jesus acalmou seus corações aflitos e veio socorrê-los. Mas se não houvesse a dificuldade dos apóstolos talvez Jesus não tivesse ido encontro deles. Isso mostra que pode ser que o problema que estamos passando é o meio que Deus encontrou para chegar até o nosso coração. E o fato de Jesus vir caminhando sobre às águas, nos diz que o que nos causa medo, desespero está debaixo dos pés de Jesus Cristo. Ele é maior que nossa dificuldade.

Por último, bastou que Jesus entrasse no barco para que a dificuldade acabasse. Isso acontece mesmo em nossa vida? Pode ser que sim, poder que não, mas tudo acontece no seu devido tempo e principalmente na hora em que Deus permitir. Muitas pessoas ou até você mesmo que está lendo este texto pode ter relatos e testemunhos sobre diversas coisas que aconteceram em sua vida, enquanto que outros já não teriam nada pra contar, pois não aconteceu nada de relevante, Deus não tem agido em sua vida... Será isso mesmo? Ou simplesmente não estamos percebendo as mudanças ou os fatos.

A dificuldade não durará a vida inteira, "o choro pode durar um noite, mas a alegria vem de manhã...." Deixe Jesus entrar no seu barco, no barco do seu coração e a alegria encherá o teu coração. As dificuldades podem até acontecer, mas nada abalará o teu coração, pois ele será sustentado pelo Deus onipotente.

;-)

sábado, 30 de maio de 2009

Encontro de Jesus com Zaqueu


Lc 19,1-10

No último encontro a ser refletido em nosso caminho, meditaremos sobre o encontro de Jesus com Zaqueu.

Zaqueu era um publicano, ou seja, um cobrador de impostos e para os judeus eles eram pecadores públicos, isto porque normalmente eram pessoas que também eram judeus, mas trabalhavam como se fossem "servidores públicos" de Roma. Por isso, eram mal vistos por cobrarem impostos de seus irmãos judeus. Além disso, por não existir fiscalização, os publicanos cobravam quanto queriam dos judeus e repassavam somente o que Roma pedia ficando com boa parte dos lucros. Acontecia até mesmo de cobrarem várias vezes a mesma pessoa no mesmo mês.

Até mesmo Jesus para citar uma prática não muito correta usou os publicanos como exemplo (Mt 5, 46) e Zaqueu além de publicano era o chefe deles.

A história é um relato do amor de Deus para com os seus filhos, principalmente com as ovelhas perdidas. O amor de Deus está acima do pecado e principalmente se direciona ao pecador. Mesmo Zaqueu sendo quem era, Deus não se importou, e não se importa com isso. O próprio apóstolo Matheus era publicano, mas ao ser convidado por Jesus para segui-lo, abandona tudo (Mt 9,9). Da mesma forma Jesus nos convida a participar de sua missão e nos tornarmos missionários e evangelizar por onde passarmos.

Jesus não acusou Zaqueu, não chamou de desonesto, de ladrão, o relato do evangelho nos diz que Jesus apenas o olhou. Mas esse olhar deve ter sido realmente um olhar que com certeza lhe chegou ao coração. Esse encontro de Jesus nos leva a buscar uma conversão que não fique apenas nas palavras, mas que gere uma atitude concreta na direção de nossa salvação.

Zaqueu não teve medo de se expor ao ridículo subindo naquela árvore. E, quando recebeu o chamado de Jesus, ele desceu depressa e o recebeu alegremente, mas ainda sim são gestos fáceis de se realizar. Mas Zaqueu chamou Jesus de Senhor (e ele com certeza tinha muitos senhores, mas renunciou a todos eles – o dinheiro, a arrogância, a vaidade de sua riqueza, etc.) e fez morrer o homem velho, e eis que nasceu naquele instante um novo homem. Disse ainda que iria dar metade dos seus bens aos pobres e que ia devolver quatro vezes mais de quem tinha se aproveitado.

Zaqueu se libertou das coisas inúteis e seguiu Jesus no caminho de sua salvação. Quantos hoje são chamados por Jesus, mas não tem coragem ou a força para se libertar do pecado. Hoje somos chamados nos tornarmos novas criaturas em Nosso Senhor Jesus Cristo. Será que você está disposto a enfrentar o desafio?


sábado, 16 de maio de 2009

Encontro de Jesus com Nicodemos


Jo 3, 1-21

Seguindo pelos encontros de Jesus, a reflexão proposta hoje é entre Jesus e Nicodemos, chefe dos judeus. Ele foi até Jesus, de noite, e lhe disse: Rabi, sabemos que és um mestre mandado por Deus; de fato, ninguém é capaz de realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele...". Este ilustre Senhor era um dos três homens mais ricos de Jerusalém e a narrativa deste encontro nós é passada através do evangelho de São João. Muito provavelmente, Nicodemos não queria ser visto com Jesus, visto que no versículo 2 relata que ele se encontrou com Jesus à noite, para que o encontro fosse discreto. Mas ele queria conhecer esse Jesus de quem tanto se ouvia falar.

Nicodemos reconhece que a origem da missão de Jesus não podia ser humana. E Jesus responde: "Na verdade, na verdade te digo, quem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus". Nicodemos devido a sua condição devia ser muito inteligente e não iria interpretar essas palavras em sentido material. Mas Nicodemos parece não se dar conta do que realmente Jesus quer dizer e, talvez para provocá-lo a explicar-se e a falar mais, finge ser ingênuo e interroga o mestre com perguntas aparentemente tolas: "Como pode um homem renascer, sendo velho?", pergunta. "Por ventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?".

Jesus, nosso mestre responde fazendo com que o ilustre e versado fariseu retorne à condição de um aluno iniciante e lhe explica que alguém não pode ver o reino de Deus se não participa dele aqui na terra, e isso não é resultado do esforço ou do talento humano: "Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que da carne nasceu é carne; o que nasce do Espírito é Espírito. Não te admires se te digo: deves renascer do alto. O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído, mas não sabes de onde ele vem ou para onde vai: assim acontece com quem nasceu do Espírito". Em hebraico, a palavra "espírito" queria dizer também "sopro de vento", e esse duplo significado permite que Jesus se explique: embora invisível e intocável, o vento é real. Assim também o Espírito não pode ser controlado ou manipulado com argumentos humanos. Aí, a alusão ao Batismo é clara: a graça divina produz uma mudança no nível do ser, faz nascer uma vida nova.

O que segue nos demais versículos é uma catequese sobre as coisas celestes, e Jesus dá seu testemunho com autoridade e repreende Nicodemos por não aceitar seu testemunho. Jesus conclui o diálogo que alfinetando Nicodemos pela situação na qual veio lhe procurar: "a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não vai à luz, para que não sejam reveladas as suas obras. Mas quem pratica a verdade vai à luz, para que apareça claramente que as suas obras foram feitas em Deus".

Apesar deste encontro, Nicodemos não se torna um verdadeiro discípulo, mas no Evangelho de João o rico mestre israelita aparece outras duas vezes, demonstrando ter ficado, de algum modo, impressionado com Jesus, com a sua pessoa. No fundo, ele não se contentara em ouvir dizer, quis verificar pessoalmente a proposta de Jesus, confrontar-se cara a cara com ele. Quis ir ao fundo do anúncio daquele estranho profeta; decidiu procurá-lo, embora secretamente. Não abandonara os seus cargos nem o seu prestigioso posto. Mas o encontro deixara nele uma marca. As palavras do Mestre certamente o atingiram. Tanto isso é verdade que Nicodemos aparece novamente no Evangelho defendendo Jesus, "Disse então Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar: Condena acaso a nossa Lei algum homem, antes de ouvi-lo e sem conhecer o que ele faz?". E eles lhe responderam: "Por acaso tu também és da Galiléia? Estuda e verás que da Galiléia não vem nenhum profeta. E todos eles retornaram às suas casas" (Jo 7,50-53).

Nicodemos, aparece ainda no Evangelho após a morte de Jesus, e gasta cem libras em perfumes preparar o corpo de Jesus. A partir desse último gesto podemos ver que o seu coração havia sido tomado secretamente por Jesus, por aquele Nazareno que, depois de algumas horas, sairia do sepulcro, vitorioso para sempre.

Quantos de nós não somos assim, conhecemos a verdade, sabemos a quem temos que seguir, mas por vergonha, medo, ou tantos outros motivos torpes, preferimos andar sem Jesus. Ignorando todo o sacrifício que Ele sofreu por nós. Tenhamos o coração de Nicodemos, mas o ultrapassemos na coragem de assumir nosso amor por Jesus e por testemunhar com fé e esperança, as maravilhas do reino de Deus nas nossas vidas.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Encontro de Jesus com a Samaritana


Jo 4, 5-42

Todo encontro de Jesus com alguém narrado na Bíblia possui alguns aspectos muito mais profundos do que podem sugerir no início, o encontro de Jesus com a samaritana não é diferente. Portanto, temos que ler o evangelho sempre pedindo a luz do Espírito Santo para nos dar o discernimento necessário para compreender o real significado das palavras ali escritas para nossa salvação. Desta forma o que podemos tirar deste encontro:

Os judeus e os samaritanos eram povos não muitos amigos, pois os samaritanos adoravam a Deus no monte Gazirim e criam que somente eles eram descendentes diretos dos antigos Patriarcas judeus. Desta forma se analisarmos com calma, vamos perceber que o tom da conversa é quase uma discussão, pois aquela samaritana estava com o espírito armado contra aquele judeu.

Ao ler a narração deste encontro, alguns podem pensar que aquela samaritana era uma mulher sem conhecimentos religioso, mas na verdade não era bem assim, era uma mulher inteligente, que mesmo sabendo que aquele judeu era um profeta, não se intimidou e ainda toca no espinho da briga entre judeus e samaritanos (Jo 4, 19-22).

Jesus, no entanto, não usa meias palavras e não faz tenta fazer ecumenismo, ele é enfático: "– a salvação vem dos judeus". Paralelamente vemos hoje uma profusão de religiões e Igrejas que se dizem Cristãs, outras nem tanto pois acreditam mais no que homens disseram, do que as palavras do próprio Jesus Cristo, mas é sabido que Jesus deixou aqui uma Igreja sob o comando do Apóstolo Pedro (São Mateus 16,18) que vêm desde então proclamando o evangelho tal como Ele ordenou: A Igreja Católica Apostólica Romana (Católica, pois é universal, está no mundo todo pregando a mesma palavra; Apostólica, por que vêm diretamente dos apóstolos, graças a chamada sucessão apostólica; e Romana pois têm sua sede em Roma)

Quando um pouco antes de Jesus se apresenta como o messias, e diz que logo viria a hora que não haveria local para adorar, mas sim em espírito e em verdade, ela se desarma e vê naquele homem a figura de Deus e fala do Messias que há de vir (creio que desconfiando de sua presença marcante) e após a revelação de que ele era o messias, ocorre sua conversão.

Não é narrado na bíblia se a mulher deixou o seu 6º marido ou nada de sua vida dali em diante, mas ela reconheceu-se pecadora, e este é o primeiro passo para a nossa salvação. E os mesmos samaritanos que não se davam com judeus, se apaixonaram pelas palavras de Jesus. Da mesma forma isto acontece hoje entre católicos e protestantes. Adoramos o mesmo Deus, mas a Igreja Católica como fiel depositária da verdade proclamada por Nosso Senhor Jesus Cristo anuncia o evangelho e defende aspectos como moral, ética e santidade dentro de assuntos que dizem respeito a toda a humanidade e nossos irmãos separados normalmente estão armados contra qualquer declaração da Igreja Católica. Devemos aprender com Jesus a ser fiéis e dizermos à verdade doa a quem doer, atinja a quem atingir, pois só assim estaremos sendo fiéis a Cristo.

domingo, 8 de março de 2009

Catecumenato

Nós fomos criados por Deus para sermos seres perfeitos e santos e por isso, vivermos a santidade. Mas infelizmente esta graça foi perdida por culpa do pecado original cometido por nossos primeiros pais: Adão e Eva.

Humanamente falando, todo o nosso conhecimento sobre Deus é limitado. Dada nossas limitações humanas. Mas é possível falar de Deus a partir das Criaturas criadas por Ele e também através de nosso modo limitado de conhecer e pensar.

Desta forma, as perfeições das criaturas (sua bondade, verdade, beleza) refletem a perfeição divina de Deus. Assim podemos falar de Deus a partir dessas criaturas. Entretanto Deus transcende toda e qualquer criatura, deste modo devemos tomar bastante cuidado para não confundi-lo com nada que existe na terra, pedindo sempre que o Espírito Santo venha iluminar nossas mentes e que nos use para revelar a verdade.

O que é o catecumenato?

O Catecismo da Igreja Católica explica muito bem:

1229) Desde o tempo dos Apóstolos que tornar-se cristão requer um caminho e uma iniciação com diversas etapas. Este itinerário pode ser percorrido rápida ou lentamente. Mas deverá sempre incluir certos elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho que implica a conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à comunhão eucarística.

1230) Esta iniciação tem variado muito no decurso dos séculos e segundo as circunstâncias. Nos primeiros séculos da Igreja, a iniciação cristã conheceu grande desenvolvimento, com um longo período de catecumenato e uma série de ritos preparatórios que escalonavam liturgicamente o caminho da preparação catecumenal, desembocando na celebração dos sacramentos da iniciação cristã.

1231) Nas regiões onde o Batismo das crianças se tomou largamente a forma habitual da celebração deste sacramento, esta transformou-se num ato único, que integra, de um modo muito abreviado, as etapas preliminares da iniciação cristã. Pela sua própria natureza, o Batismo das crianças exige um catecumenato pós-batismal. Não se trata apenas da necessidade duma instrução posterior ao Batismo, mas do desenvolvimento necessário da graça batismal no crescimento da pessoa. É o espaço próprio da catequese.

1232) O II Concílio do Vaticano restaurou, para a Igreja latina, "o catecumenato dos adultos, distribuído em várias fases". O respectivo ritual encontra-se no Ordo initiationis christianae adultorum. Aliás, o Concílio permitiu que, "para além dos elementos de iniciação próprios da tradição cristã", se admitam, em terras de missão, "os elementos de iniciação usados por cada um desses povos, na medida em que puderem integrar-se no rito cristão".

Nos primeiros séculos da Igreja o catecumenato era um período de iniciação, na vivencia Cristã e na vida comunitária dos seguidos de Cristo. Era designado um padrinho (Pessoa escolhida com base em sua fé para ser exemplo de vida para o catecúmeno) para acompanhar o crescimento do candidato. Este período de formação durava de 2 a 3 anos e eram acompanhadas pela comunidade com celebrações e entregas simbólicas como preparação para os sacramentos.

O Papa Paulo VI trouxe de volta o catecumenato como preparação dos novos cristãos e define-se como:

"Um espaço de tempo no qual os candidatos aos sacramentos de iniciação Cristã recebem formação por meio da catequese, distribuída por etapas e integralmente transmitida, e se exercitam praticamente na vida cristã".

Resumidamente o catecumenato é:

  • Um seminário para leigos;
  • Uma escola de fé consciente e adulta para os que querem engajar-se na comunidade Cristã;
  • Desta formação, sob a luz do Espírito Santo surgem os catequistas, Líderes, Agentes de pastorais, padres, religiosas, etc
  • Catecumenato vem da palavra cathequéo (Kατηχέω em grego) que significa instruir em alta voz, ressonância.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Virando a página....

A partir de hoje este Blog ganhou um nome e uma função, se antes ele se chamava "Sem Motivo" agora ele se chama 'Kατηχέω', palavra grega que significa "Instruir em viva voz". Sua pronúncia é algo parecido com Katechéô e tem tudo haver com o que farei com esse espaço.
Sou monitor de Catecumenato da paróquia de N. Sra. de Fátima em Manilha, Itaboraí, RJ e como este blog estava sem razão de existir, vou postar entre outros assunto de cunho católico, o conteúdo de todas os encontros que acontecem todos os domingos às 8:00 da manhã.
Aliás! Catecumenato é uma preparação para os sacramento de iniciação cristã (Batismo, Crisma e Eucaristia) e possui toda uma estrutura para formar um cristão com uma fé mais sólida e mais atuante frente aos desafios do mundo de hoje.
Sejam bem vindos, apreciem e entrem comigo na aventura magnífica que é mergulhar na vida e ministério de Cristo e nos insondáveis caminhos de Deus.
;-)