terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Quaresma





A Quaresma, ou tempo quaresmal é um período litúrgico da Igreja Católica que convida o cristão a refletir profundamente sua vida, e como tem levado sua vida sob sendo um filho amado de Deus, “...destinado a uma eternidade repleta de felicidade na Casa do Pai, porque remido pelo sangue de Cristo.  Cumpre então à imersão na grande misericórdia divina e isto torna o discípulo de Jesus ainda mais misericordioso com o próximo[1]”.
É certo que ocorrem muitas batalhas dentro de nós: a carne contra o espírito, o espírito contra a carne. Se, na luta, são os desejos da carne que prevalecem, o espírito será vergonhosamente rebaixado de sua dignidade própria e isto será uma grande infelicidade, de rei que deveria ser, torna-se escravo. Se, ao contrário, o espírito se submete ao seu Senhor, põe sua alegria naquilo que vem do céu, despreza os atrativos das volúpias terrestres e impede o pecado de reinar sobre o seu corpo mortal, a razão manterá o cetro que lhe é devido de pleno direito, nenhuma ilusão dos maus espíritos poderá derrubar seus muros; porque o homem só tem paz verdadeira e a verdadeira liberdade quando a carne é regida pelo espírito, seu juiz, e o espírito governado por Deus, seu mestre. É, sem dúvida, uma preparação que deve ser feita em todos os tempos: impedir, por uma vigilância constante, a aproximação dos espertíssimos inimigos. Mas é preciso aperfeiçoar essa vigilância com ainda mais cuidado, e organizá-la com maior zelo, nesta época do ano, quando nossos pérfidos inimigos redobram também a astúcia de suas manobras. Eles sabem muito bem que esses são os dias da santa Quaresma e que passamos a Quaresma castigando todas as molezas, apagando todas as negligências do passado; usam então de todo o poder de sua malícia para induzir em alguma impureza aqueles que querem celebrar a santa Páscoa do Senhor; mudar para ocasião de pecado o que deveria ser uma fonte de perdão[2].
A igreja propõe a prece, o jejum e a esmola. Não se trata de multiplicar as orações, mas de rezar ainda melhor as preces de cada dia, havendo, sobretudo, uma participação mais fervorosa nas Missas, numa atenção completa às leituras, cânticos, preces, homilia, coroando esta atitude com a comunhão no Corpo do Senhor. Sempre que possível, se unir, outrossim, aos irmãos nas preces da Via Sacra.
A tudo isto se acrescente a valorização da oração em família: o terço ou pelo menos um mistério do terço, leitura em comum da Bíblia, ainda que por poucos instantes. Uma tranquila caminhada contemplando as maravilhas que Deus espalhou por toda parte, percebendo a beleza das árvores, o perfume das flores, o cântico dos pássaros ocasiona um notável bem-estar psicossomático.   Estar atento às inspirações do Espírito Santo que vem a cada um com gemidos inenarráveis (Rm 8,26) Adite-se o jejum, prescrito, apenas para a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira da paixão, mas sinalizando o espírito de penitência próprio da quaresma e se desdobrando em outros aspectos, como a fome e sede de Deus, do Deus vivo.
É preciso o jejum da televisão, ou seja, abstenção total de todos os programas que atentam contra os mandamentos divinos. Muitos, depois, não regressam mais às diabólicas novelas, aos filmes pornográficos. Jejum do medo, da insegurança do pânico, causados pela falta de confiança no Ser Supremo. Jejum da violência em palavras e obras, num cultivo aprimorado da paciência, da bondade, da mansidão, da brandura.
A isto se alia a mortificação e inúmeros são aqueles que se aproveitam desta temporada de graças especiais para acertar o peso e entrar no ritmo de uma dieta sadia, salutar para o corpo e a alma. Horário rígido para as refeições preconizadas pelos bons nutricionistas e nada de guloseimas que só servem para satisfazer a gula, prejudicando a saúde. Aqueles que abusam das bebidas alcoólicas iniciam uma nova etapa em suas vidas e se libertam definitivamente do vício. O mesmo se diga do cigarro que antecipa a morte de inúmeros escravos do tabagismo. Uma resolução firme atinente a esta caminhada quaresmal já significou para um sem números de pessoas ao raiar de uma liberdade de efeitos imponderáveis nas suas existências.
As obrigações diárias executadas com mais dedicação, eficiência e perfeição se tornam outra modalidade de mortificação suscitada pela quaresma. A cruz de cada dia carregada com mais paciência. Colocar em ordem a casa, os lugares de trabalho.
Época também de maior fraternidade numa ajuda oportuna aos pobres. Uma abertura para a vida dos semelhantes que passam por graves privações e uma luta sem tréguas contra o aborto e a eutanásia. O perdão cordial a todos que se mostraram menos polidos ou que chegaram mesmo a ofensas que magoaram. Ser um samaritano secreto, fazendo o bem a todos sem trombetear por saber que Deus viu o bem realizado e isto basta.
Conduzir a muitos para uma boa confissão, convertendo os pecadores. Fazer um pacto com a própria língua para não deslustrar a honra alheia e só proclamar o que o outro apresenta de bom e virtuoso, desculpando sempre os que erram, evitando as críticas demolidoras. Ser caridoso consigo mesmo, combatendo a baixa estima e valorizando os dons que cada um possui. Partilhar a própria a fé com os que se acham nas ondas da dúvida, das incertezas que martirizam e confundem. Rezar com ardor pela paz neste mundo conturbado, agitado por tantas turbulências. 
Para que tudo isto aconteça é de bom alvitre no final de cada dia examinar a consciência. Coragem, energia são os elementos basilares que evitarão o desânimo, o desleixo, o retrocesso.
Então, sim, marco luminoso será esta quaresma na vida de cada um, penhor de santificação e salvação.

PS: O texto não é de minha autoria, mas uma compilação entre dois textos do site Veritatis Explendor, que lendo sobre a Quaresma achei importante publicar.... Créditos ao Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho (original em http://www.veritatis.com.br/espiritualidade/7400-santificar-se-na-quaresma) e ao apostolado veritatis (original em http://www.veritatis.com.br/patristica/obras/9332-sermao-sobre-a-queresma-sao-leao-magno).


[1] Carvalho, Côn. José Geraldo Vidigal de. Santificar-se na quaresma. Disponível em: < http://www.veritatis.com.br/espiritualidade/7400-santificar-se-na-quaresma>. Acesso em: 23 fev. 2016
[2] Magno, São Leão . Sermão sobre a Quaresma. Disponível em:
. Acesso em: 23 fev. 2016

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

As bem aventuranças

Encontro dia 31/01/2015

Mateus 5, 1-11; C. Ig. C 1716 – 1724)

“Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.”

Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!

A primeira leitura poderíamos entender que temos que ser pobres para entrar no reino dos céus, ou ainda que pessoas ricas não entrariam no reino dos céus. Mas o próprio Jesus disse: É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Daí podemos entender que é difícil, mas não impossível tal façanha.
Mas o que Jesus quer dizer? Jesus quer colocar em nosso coração que temos que ser humildes, humildes a ponto de sabermos que não somos nada, um bocado de pó que agora anda e daqui a algum tempo nem as lembranças restarão, mas nossa confiança em Deus deve ser inabalável. Devemos confiar nos caminhos que Deus traça para nós e viver sob sua sombra. Ou seja, devemos nos entregar no projeto de Deus para a nossa vida.

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!

Felizes os que choram...  Com o devido perdão, mas jesus parece louco ao dizer isso, mas devemos nos perguntar primeiramente o motivo deste choro. O choro sobre o qual Jesus fala aqui é uma profunda tristeza espiritual sentida pelo crente por ter ofendido a Deus com seus pecados. Felizes aqueles choram por sua miséria. Pelo pecado cometido.
Mais felizes ainda são aqueles que choram com quem chora, que procura consolar aqueles que precisam ser consolados. Mais ainda aqueles que choram pelo pecado do outro, que se entristece pelo pecado do outro, aconselha a sair da situação.

Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!

Felizes aqueles que optam pela bondade, a benevolência, a paciência e a humildade. Aquele que tem bom coração, rejeita a violência mesmo quando é atacado e principalmente: sabe perdoar;
Mas isso não quer dizer ser submisso, mas se exaltar somente quando e se necessário, principalmente para defendermos o nome santo de Deus e as coisas santas.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!

Feliz é aquele que busca a justiça, que procura ser justo em todos os seus atos. Aquele que procura a santidade. Aquele que deseja ser um cristão autêntico. E que busca na palavra de Deus, a sua maneira de viver, sem comodismo, sem nenhum, porém.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!

Feliz é aquele que se esforça para ser um reflexo da bondade de Deus. Aquele possui um coração aberto para com os irmãos. Que sabe perdoar, não julga, não desconfia demasiadamente, não tenho hábito de rotular as pessoas, não fofoca, não guarda rancor.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!

Queremos ver a Deus e jesus nos deixou aqui o caminho. Devemos ter um coração sincero. Devemos ser autênticos nos pensamentos e ações pois isso agrada a Deus. Com isso devo pensar: Sou hipócrita, acredito em Horóscopo, outras religiões.

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!

Felizes os que constroem a paz pois tem consigo algo da bondade de Deus, ou melhor, se assemelha a Deus. Aquele que não semeia a discórdia, aquele que não é violento, aquele que cria alegria ao seu redor.

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!

A igreja de Jesus conheceu o significado dessas palavras desde a sua origem. Não levou muito tempo para os apóstolos serem presos e intimados a abandonar a pregação do evangelho do Cristo.
Mas Feliz é aquele que é fiel a vontade de Deus e está pronto para sofrer para ser fiel a ela.
Quantos tem sofrido para estar no caminho de Deus. O encontro é apenas uma vez por semana, mas quanta dificuldade... quantas piadinhas ouvimos por estar na Igreja. Devemos estar preparados para combater o bom combate. Preparados para anunciar o evangelho onde quer que seja... E estou preparado para isso?

Aprofundando o Estudo - Catecismo 1716 - 1724

A NOSSA VOCAÇÃO PARA A BEM-AVENTURANÇA

I. As bem-aventuranças

1716. As bem-aventuranças estão no coração da pregação de Jesus. O seu anúncio retorna as promessas feitas ao povo eleito, desde Abraão. A pregação de Jesus completa-as, ordenando-as, não já somente à felicidade resultante da posse duma tema, mas ao Reino dos céus:

"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus. 
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a tema.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz. porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos céus a vossa recompensa" (Mt 5, 3-12).

1717. As bem-aventuranças retratam o rosto de Jesus Cristo e descrevem-nos a sua caridade: exprimem a vocação dos fiéis associados à glória da sua paixão e ressurreição; definem os actos e atitudes características da vida cristã; são as promessas paradoxais que sustentam a esperança no meio das tribulações; anunciam aos discípulos as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas; já estão inauguradas na vida da Virgem Maria e de todos os santos.

II. O desejo de felicidade

1718. As bem-aventuranças respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina; Deus pô-lo no coração do homem para o atrair a Si, o único que o pode satisfazer:
"Todos nós, sem dúvida, queremos viver felizes, e não há entre os homens quem não dê o seu assentimento a esta afirmação, mesmo antes de ela ser plenamente enunciada" (16)
"Como é então, Senhor, que eu Te procuro? De facto, quando Te procuro, ó meu Deus, é a vida feliz que eu procuro. Faz com que Te procure, para que a minha alma viva! Porque tal como o meu corpo vive da minha alma, assim a minha alma vive de Ti" (17).
"Só Deus sacia" (18).
1719. As bem-aventuranças descobrem a meta da existência humana, o fim último dos actos humanos: Deus chama-nos à sua própria felicidade. Esta vocação dirige-se a cada um, pessoalmente, mas também ao conjunto da Igreja, povo novo constituído por aqueles que acolheram a promessa e dela vivem na fé.

III. A bem-aventurança cristã

1720. O Novo Testamento emprega muitas expressões para caracterizar a bem-aventurança a que Deus chama o homem: a chegada do Reino de Deus; a visão de Deus: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8); a entrada na alegria do Senhor a entrada no repouso de Deus:
"Lá, descansaremos e veremos: veremos e amaremos; amaremos e louvaremos. Eis o que acontecerá no fim sem fim. E que outro fim temos nós, sendo chegar ao Reino que lido tem fim ?".
1721. De facto, Deus colocou-nos no mundo para O conhecermos, servirmos e amarmos, e assim chegarmos ao paraíso. A bem-aventurança faz-nos participantes da natureza divina (1 Pe 1, 4) e da vida eterna. Com ela, o homem entra na glória de Cristo e no gozo da vida trinitária.
1722. Uma tal bem-aventurança ultrapassa a inteligência e as simples forças humanas. Resulta de um dom gratuito de Deus. Por isso se classifica de sobrenatural, tal como a graça, que dispõe o homem para entrar no gozo de Deus.
"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus". É certo que "ninguém pode ver a Deus" na sua grandeza e glória inenarrável e "continuar a viver", porque o Pai é inacessível. Mas, no seu amor, na sua bondade para com os homens e na sua omnipotência, vai ao ponto de conceder aos que O amam esta graça: ver a Deus [...] porque "o que é impossível aos homens é possível a Deus".
1723. A bem-aventurança prometida coloca-nos perante as opções morais decisivas. Convida-nos a purificar o nosso coração dos seus maus instintos e a procurar o amor de Deus acima de tudo. E ensina-nos que a verdadeira felicidade não reside nem na riqueza ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder, nem em qualquer obra humana, por útil que seja, como as ciências, as técnicas e as artes, nem em qualquer criatura, mas só em Deus, fonte de todo o bem e de todo o amor:
 "A riqueza á a grande divindade deste tempo: é a ela que a multidão, toda a massa dos homens, presta instintiva homenagem. Mede-se a felicidade pela fortuna, como pela fortuna se mede a honorabilidade [...] Tudo provém desta convicção: com a riqueza, tudo se pode. A riqueza é, pois, um dos ídolos actuais: outro, é a notoriedade. [...] A notoriedade, o facto de se ser conhecido e de dar brado no mundo (a que poderia chamar-se fama de imprensa), acabou por ser considerada como um bem em si mesma, um bem soberano, objecto, até, de verdadeira veneração".
1724. O decálogo, o sermão da montanha e a catequese apostólica descrevem-nos os caminhos que conduzem ao Reino dos céus. Por eles avançamos, passo a passo, pelos actos de cada dia, amparados pela graça do Espírito Santo. Fecundados pela Palavra de Cristo, pouco a pouco, damos frutos na Igreja para a glória de Deus.

Resumindo:

1725. As bem-aventuranças retomam e aperfeiçoam as promessas de Deus, desde Abraão, ordenando-as para o Reino dos céus. Correspondem ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração do homem.
1726. As bem-aventuranças ensinam-nos qual o fim último a que Deus nos chama: o Reino, a visão de Deus, a participação na natureza divina, a vida eterna, a filiação, o repouso em Deus.
1727. A bem-aventurança da vida eterna é um dom gratuito de Deus; é sobrenatural, como a graça que a ela conduz.
1728. As bem-aventuranças colocam-nos perante opções decisivas relativamente aos bens terrenos; purificam o nosso coração, para nos ensinarem a amar a Deus sobre todas as coisas.
1729. A bem-aventurança do céu determina os critérios de discernimento no uso dos bens terrenos, em conformidade com a Lei de Deus.

Reflexões acerca da pessoa de jesus

Encontro do dia 24/01/2016

É com imenso prazer que retomo as atividades neste espaço, pois isto significa que retomei minhas atividades como catequista , tarefa a qual tive que me manter afastado devido a uma graduação em Direito e uma Prova da Ordem que consumiram 5 anos da minha vida. 
Particularmente não gosto de realizar nada pela metade, ou pior, de qualquer maneira, por isso me afastei.
No Encontro no qual retornei a turma foi dividida em grupos e cada um deles passou para o restante da turma seu entendimento sobre as passagens bíblicas. Durante a aula principalmente por receio de ultrapassar o horário de término do encontro (Termina pouco antes da missa) não fiz comentário, Entretanto seque algumas considerações:

Jesus e seu povo

Mateus  9, 35-37

"Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade.
Disse, então, aos seus discípulos: A messe é grande, mas os operários são poucos."

Jesus é Deus e por isso é perfeito, neste pequeno trecho, vemos o Jesus missionário, semeando a boa nova por todos os lugares, nos mostrando que é preciso ser como Ele, devemos pregar a palavra de Deus onde quer que estejamos, a todas as pessoas dispostas a ouvir.
A palavra também fala que curava todo mal e toda enfermidade, oxalá que todos nós tivéssemos fé o suficiente também para fazer o mesmo. Mas não é preciso realizar milagres, Jesus nos quer fazendo o bem por onde passemos. Seja dando o apoio para um amigo, um consolo na hora da dificuldade, uma palavra amiga, tantas coisas podemos fazer, mas ficamos estáticos, sendo covardes, ou até mesmo egoístas dizendo para nós mesmos, que isto não é para mim, outros irão fazer isso melhor.
O próprio Jesus adverte seus discípulos que o trabalho é enorme, mas poucos terão a coragem necessária para enfrentar a árdua tarefa de evangelizar.

Jesus e seus discípulos

João 13,12-15

"Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós."

Isso aconteceu pouco antes de sua morte, Jesus se reuniu com os apóstolos para participar da Páscoa. Ele sabia que estaria deixando estes companheiros para cumprir a sua missão na cruz e, logo depois, voltar ao Pai. Com certeza, ele queria aproveitar ao máximo estas últimas horas. Depois de três anos de trabalho com estes homens, que tipo de mensagem ele destacaria? Poderíamos imaginar estudos intensivos sobre doutrinas principais, ou eloquentes discursos sobre a natureza e o caráter de Deus. Tais assuntos são importantes, e parecem tópicos dignos das últimas horas do Mestre.
Os apóstolos se reclinaram à mesa para participar da ceia quando Jesus se levantou, pegou água e uma toalha, e começou a lavar os pés deles. Com tantas coisas importantes que poderia falar, Jesus tomou tempo para lavar os pés dos discípulos? Por quê?

1. A purificação para ter comunhão com ele.

6.Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: Senhor, queres lavar-me os pés!...
7.Respondeu-lhe Jesus: O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve.
8.Disse-lhe Pedro: Jamais me lavarás os pés!... Respondeu-lhe Jesus: Se eu não vos lavar, não terás parte comigo.9.Exclamou então Simão Pedro: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.Quando ele chegou a Pedro, este recusou a lavagem de pés. Mas, quando Jesus falou que precisava ser lavado para participar dele, Pedro mudou de ideia: "Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça" (João 13:9). Se precisava de purificação para estar em comunhão com Cristo, Pedro não queria arriscar a rejeição pelo Senhor.

2. A humildade para servir.

Jesus se esvaziou, deixando a glória do céu, para servir aos homens (Filipenses 2:5-8). Ele mostrou que nós devemos procurar muito mais servir do que ser servido. Como ele lavou os pés, nós devemos procurar oportunidades para humildemente servir uns aos outros.

Jesus e os doentes

Marcos, 10; 46-52

"Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu.
Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim!"
Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: "Filho de Davi, tem compaixão de mim!"
Jesus parou e disse: "Chamai-o" Chamaram o cego, dizendo-lhe: "Coragem! Levanta-te, ele te chama."
Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele.
Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: "Que queres que te faça? Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja!
Jesus disse-lhe: Vai, a tua fé te salvou." No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho."

Todos passamos por problemas seus e dos outros, situações interiores, problemas de trabalho e de relacionamento e tudo se mistura, uma grande tempestade e você não consegue enxergar uma luz no fim do túnel? Era exatamente assim que se sentia o cego de Jericó, em sua cegueira física, ele era dependente e não suportava mais aquela situação de escravidão física e espiritual.
Jesus ao se aproximar daquele homem cura primeiro sua cegueira interior, cura o seu coração, do desespero, da falta de esperança, do medo, da dependência que esta deficiência lhe impôs, do preconceito e da exclusão social. Ele não tinha nem voz nem vez, até a multidão tentou lhe calar, mas ele estava determinado em pedir socorro e quando percebeu a maior chance da sua vida, não ficou preso as suas mazelas, deu o primeiro grande passo para sua cura e libertação, contra tudo e contra todos. Por maior que seja o seu problema ele não é maior que Deus, por maior que seja o seu dilema ele é bem menor que Deus. O que tem nos deixado cegos em relação a nossa cura e libertação, o que tem prendido você?
Existem situações em nossas vidas onde é preciso dar o primeiro e grande passo, onde eu e você precisamos dar o grito de libertação. A minha e a sua libertação não vão acontecer sem a nossa decisão, sem a nossa colaboração, seus medos, suas cadeias precisam ser quebradas, situações em nossa vida só serão vencidos quando nós tomarmos consciência da importância de nossa parte, de nosso papel. O cego de Jericó é um grande modelo de superação, de não parar nos limites por maiores que eles sejam. A nossa primeira ajuda vem do Alto, é Jesus aquele que tem o poder de curar, de nos libertar de nossas cadeias, por isso, vamos dar o grito de nossa libertação:
“JESUS, FILHO DE DAVI TENDE PIEDADE DE MIM!”

Jesus e os pecadores

Mateus 9, 10-13

"Como Jesus estivesse à mesa na casa desse homem, numerosos publicanos e pecadores vieram e sentaram-se com ele e seus discípulos.
Vendo isto, os fariseus disseram aos discípulos: "Por que come vosso mestre com os publicanos e com os pecadores?"
Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhes: "Não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes.
Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Os 6,6). Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores."

Até quando olhando vamos ignorar Deus? O Senhor está olhando para cada um de nós há muito tempo e precisa apenas de uma abertura de coração para realizar a obra necessária. Não há nada, nesta vida, que Ele não possa fazer. Você pode estar no fundo do poço, pode ser o que for,  levar a vida que for, mas a misericórdia de Deus está acima de tudo isso!
Se as pessoas desistiram de você, se aqueles que você tanto ama o decepcionaram ou o deixaram num momento de humilhação, acalme-se, pois, o Senhor olha nos seus olhos e lhe diz: ‘Vem, segue-me! ’.
Deus sabe da sua história, sabe o que você fez com a sua vida. Não importa o que você fez de errado, porque Ele transformará tudo em bênção. Transformará tudo em vitória
O Senhor quer olhar em seus olhos, quer amá-lo e lhe dizer: ‘Vem sem medo!’.

Jesus é cheio do Espirito Santo de Deus

Mateus 3, 13-17

"Da Galiléia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele.
João recusava-se: Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!
Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa. Então João cedeu.
Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus.
E do céu baixou uma voz: Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição."


Estava escrito: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”. Considero que há um pequeno erro na frase, pois o Espirito Santo é a 3ª Pessoa da Trindade Santa e consubstancial ao pai. Desde sempre inseparável de Jesus e está se oferecendo para ser o seu amigo. Tudo de mais doce, mais belo e precioso que você está procurando num amigo, o Espírito Santo tem para lhe dar. Ele não é um amigo distante, irreal ou ilusório.
Com o poder do Espírito não existe abismo tão largo que você não possa saltar nem muralha tão alta que você não possa ultrapassar, mas ninguém se conhece de verdade ou conhece verdadeiramente a Deus se não for cheio do Espírito Santo. Com Ele, descobrimos dons que jamais poderíamos alcançar sozinhos. Ele nos impulsiona a fazer o que é bom, pois nos dá o discernimento para sabermos o que é bom e evitarmos o mau.