sábado, 20 de junho de 2009

Milagres sobre a vida

Ressurreição do filho da viúva em Naim

Lc 7, 11-17

Em todas as passagens narradas na bíblia sobre a vida de Jesus é possível tirar uma verdadeira catequese. Cada atitude, cada gesto, cada palavra é um ensinamento profundo de como se deve viver um cristão de ontem, hoje e sempre.

Este fato ocorreu logo após o sermão da montanha e a cura do servo do centurião. Esta sequência de fatos mostra o que Jesus quer que nós sejamos: Ele quer que sejamos evangelizadores, verdadeiros missionários. Pois, Ele não se cansava de pregar e ensinar o caminho para o céu.

Desta forma, o católico deve descruzar os braços e sacudir a poeira do comodismo e trabalhar pelo bem de sua alma e principalmente pelas almas dos outros (Nada mais frio que um cristão que não se preocupa com a salvação do seu irmão).

No cortejo, Cristo compadeceu-se da mulher, viúva, que perdeu seu único filho. Com certeza esta mulher estava muito triste, porém conformada. Podemos ver ainda a bondade do nosso Deus que mesmo que ninguém houvesse pedido, vai ao encontro da senhora e diz: Não chores! Consolando a viúva.

Se andas angustiado e triste, sobre com sua família, seu casamento, seu trabalho, ou a falta dele, doença, não se desespere e não pense em cometer loucuras. Deixe Jesus se aproximar de você, deixe-o enxugar as tuas lágrimas e te consolar.

Mas Jesus, que é Deus, é perfeito e não apenas consola a viúva, mas age de maneira impressionante ressuscitando seu filho.

Podemos fica com este fato extraordinário na cabeça e deixa passar o real ensinamento de Jesus para nós: o jovem morto representa a nós quando pecamos, porque morremos espiritualmente e humanamente falando a morte não tem solução, ou melhor, dizendo tem uma solução, que é Jesus. Vencedor da Morte, Ele é o único capaz de nos fazer voltar à vida. Pois Ele tem autoridade sobre todas as coisas se nos deixou meios visíveis de obter o perdão de nossos pecados.

Imagine a alegria da mãe ao ver seu filho vivo novamente... Assim é a Igreja Católica Apostólica Romana se alegra pelos seus filhos pecadores que voltam à vida da graça. E seguindo nosso raciocínio, se o morto é o pecador, e a viúva é a Igreja, Jesus é aquele que ressuscita o morto e o traz de volta à vida. Pois a Igreja se alegra muito mais pela ressurreição de um filho pelo sacramento da penitência do que com seu nascimento pelas águas do Batismo.

E assim como a multidão que o seguia, devemos difundir as verdades de fé, o evangelho de Jesus Cristo a toda e qualquer pessoa, sem vergonha. Medo ou timidez. Ame a Jesus como todo seu coração e faça exatamente o que Ele nos pediu: "Ide e evangelizai a todos os povos..." Mc 16, 15

Cura de um cego de nascença


Jo 9, 1-7

Esta festa que o texto bíblico cita é a festa das tendas, celebração judaica realizada no outono em memória da peregrinação de Israel no Egito sob tendas. E esta celebração tinha a característica de ser muito iluminada: fogueiras, tochas, luminárias... e simbolicamente liga o acontecimento a Jesus: "Eu sou a Luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas." (João 8, 12) e anuncia o episódio da cura do cego de nascença.

Os discípulos perguntavam quem é que havia pecado: ele próprio ou seus pais, pois era comum acreditar que as enfermidades vinham como punição do pecado. Naquela época se acreditava na Teologia da retribuição: se ele pecou, Deus retribui os pecados e maldades enviando dor e sofrimento ou ainda a Teologia da maldição: Deus castiga os pecados dos pais nos filhos. Isto por que em Êxodo 20, 5-6:

"...Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos."

Claro que o que os pais fazem, repercute nos filhos sim: a educação, relacionamento familiar, demonstração ou não de afeto ou carinho... O fato é que os discípulos queriam uma explicação pois acreditava-se que as doenças era um castigo divino pelo pecado da pessoa e eles queriam saber se eram realmente puros. Mas Nosso Senhor Jesus Cristo os repreende dizendo que era bem assim. O fato de aquele ser homem ser cego, como o próprio Jesus define, é para que se manifeste a graça de Deus. – E Quantas pessoas chamadas "deficientes" possuem mais vontade de viver e procuram desfrutar dos dons que Deus lhe concedeu de maneira muito mais ampla do que as pessoas ditas "normais". – Mas tirando o fato de Jesus tê-lo curado e até mesmo a maneira inusitada de realizar a cura (fazer lama com saliva mandar lavar em Siloé), aquele cego é como um verdadeiro catecúmeno que está buscando a Cristo. Pois quando perguntaram quem o tinha curado a primeira resposta do cego foi "Aquele homem chamado Jesus...." (Jo 9,11); Na segunda resposta quando lhe perguntaram a mesma coisa ele já disse que era um profeta(Jo 9,17); E num terceiro momento em Jesus se apresenta como o messias que devia vir ele se prostrou e adorou(Jo 9, 35-39).

Esta sequencia mostra nossa caminhada para Cristo. Primeiramente não o conhecemos até o ponto que nos reconhecemos pecadores e enxergamos em Jesus o Nosso Senhor e único salvador e este é o primeiro passo para nossa salvação. Crer em Jesus é estar curado da cegueira espiritual. A fé abre os olhos da alma e nos permite enxergar as maravilhas que Deus realiza todos os dias.

É possível ainda perceber uma atitude de abertura do cego em receber a graça de Jesus enquanto opostamente os fariseus, fechados, não puderam enxergar a graça de Deus mesmo estando diante de seus olhos. Que o nosso bom Deus nos ajude a não estar desta mesma forma, cegos e fechados à sua palavra e os seus ensinamentos.

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